
Com vista a tornar o elemento cartão mais robusto, garantindo maior resistência à contrafacção, a EMIS iniciou há alguns anos a esta parte, um processo de migração dos cartões com tarja para cartões baseados na Norma EMV, vulgo cartões com chip. Com esta evolução fica garantida a autenticação forte de cliente que se baseia na utilização de dois elementos de autenticação suficientemente robustos.
Todas as operações feitas com o Cartão MULTICAIXA utilizam dois factores de autenticação, que são o Cartão e o PIN. Assim, qualquer operação só é autorizada se forem validados em simultâneo, os dois elementos: o cartão, elemento de posse do utilizador e o PIN elemento de conhecimento exclusivo do utilizador.
O cartão MULTICAIXA nasceu apenas com banda magnética, que com o passar dos anos se tornou pouco segura por ser passível de clonagem. Deste modo o cartão físico foi perdendo força como elemento de autenticação.
A migração para a referida norma, tem por isso, como principal objectivo melhorar a segurança das transacções financeiras iniciadas com Cartão, de modo que se garanta maior confiança aos utentes deste instrumento de pagamento.
O Cartão MULTICAIXA de tecnologia EMV, vulgarmente chamado por Cartão MULTICAIXA com Chip, é um cartão de plástico em tudo semelhante ao cartão com Banda Magnética ao qual foi adicionada uma peça de Hardware (Chip) e respectivo software.
Neste momento já se encontram em funcionamento cerca de um milhão de cartões MULTICAIXA com Chip (perto de 20 % do total)
Características do Cartão com Chip
É caracterizado pelos componentes de imagem, padrões e variáveis, e pelos componentes de hardware e software.
Componentes de Imagem
- Padrões
- Logotipo MULTICAIXA com designação do respectivo produto – Débito, Crédito ou Pré-pago - localizado na parte direita superior do lado frontal do cartão;
- Logotipo MULTICAIXA com os contactos de apoio ao cliente localizado na parte inferior do lado traseiro do cartão;
- Logotipo do banco emissor na parte superior direita do lado frontal do cartão
- Variáveis
- Número do cartão, localizado na parte frontal e posicionado, mais ou menos, no centro do cartão;
- Nome do titular do cartão e data de validade do mesmo na parte frontal do catão;
- Informação detida pelo banco na parte traseira do cartão.
Componentes de Hardware
- Chip e respectivo software
- Tarja Magnética
Utilização do cartão com Chip
O cartão é utilizado/operado no universo de terminais de pagamentos já existentes no nosso país, ou seja, em ATM´s e TPA´s.
Ao utilizá-lo em ATM´s, o modo de execução é o mesmo em relação ao de Tarja Magnética, que consiste em:
1º Colocar o cartão no leitor;
2º Operacionalizar;
3º Retirá-lo após o fim da operação ou cancelamento da mesma.
Quanto aos TPA´s o cartão deve ser inserido no leitor de chip. Caso falhe a leitura do chip, poder-se-á recorrer à Tarja Magnética, que poderá efectuar transacções até ao limite de segurança, manuseando-o no leitor de banda, seguindo as instruções:
1º Inserir o cartão no leitor de chip;
2º Operacionalizar;
3º Retirar o cartão do terminal, somente, quando concluir a operação;
4º Caso o leitor de chip não o leia, deverá usar a banda magnética, passando-o no leitor de banda.
Perguntas Mais Frequentes
- Os cartões de Banda Magnética já não funcionarão?
Durante o período de migração vão coabitar os dois tipos de cartão, o Cartão de Banda Magnética e o Cartão com Chip.
- Como obter o Cartão com Chip?
- O cartão com Chip é obtido no seu Banco, tal como até aqui era feito com o carão de banda, cumprindo requisitos exigidos, dentre os quais preencher o formulário e fornecer toda a documentação exigida.
- Como proceder em caso de perda, roubo, furto ou captura do cartão no ATM?
- O processo de notificação mantém-se o mesmo: pode ligar para o Banco ou para o Suporte EMIS para cancelar o cartão e esclarecer dúvidas;
- Há algum risco de juntar o Cartão com Chip ao telemóvel?
- Não, não há qualquer risco no que toca ao funcionamento do mesmo.
- Como proceder quando o Cartão com Chip dá um erro na leitura do chip?
- No caso do ATM, deverá utilizar outro terminal.
- No caso do TPA, como primeira alternativa deverá usar o leitor de Banda Magnética e caso persista, ou tenha sido excedido o limite autorizado em banda, deverá pedir para utilizar outro terminal.
- Pode ser utilizada a Banda Magnética do cartão EMV para fazer operações?
Sim, quando a leitura do chip der erro.
- O limite de pagamento em Banda Magnética é o mesmo que no Chip?
- Não. As operações com banda magnética nos cartões com chip estão limitadas por um limite diário mais baixo.
- O cartão com Chip tem o mesmo período de validade em relação ao cartão de Banda Magnética?
- Teoricamente deverão ter uma validade superior, já que usam uma tecnologia mais durável.
- Os bancos emissores têm como recomendação conceder o mínimo de 3 (três) anos de validade.